#19 – Editar, editar, editar! Sobre recursos, fontes e mentores virtuais.

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Depois de definir (assim em traços muuuito largos) o que é prioritário aprender e fazer, importa perceber o “como”. É a segunda parte da série sobre aprender, em jeito de “note-to-self”, declaração de intenções e prestação de contas em “voz alta”.

(Primeira parte aqui)

Este blog começa a parecer uma colecção de listas, mas parece que é apenas natural que assim seja. Organizadas por itens, com tracinhos, bolinhas, ou numeradas, ou desfiadas em textos corridos, mais ou menos ao ritmo do pensamento, as listas são apenas uma forma de contar histórias: a nossa “grande” história, ou as várias mais pequenas que contamos a nós próprios para tentar fazer sentido do que já passou, ou tentar traçar um caminho para a história que queremos que se passe.

Aqui e agora, quero falar de uma lista molto particolare. Não é nada de original, mas é pessoal embora transmissível e certamente dinâmica. Cada um dá-lhe a forma e o tamanho que quiser (ou fôr capaz). No meu caso, tenho vindo a apontá-la, com muita parcimónia, numa colecção da minha agenda-bala: reúno aqui os blogs, websites e autores a que recorro como uma espécie de mentores virtuais.

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Hoje, na chamada “era da informação” – que também se podia chamar ” era da desinformação” e/ou “da distracção” – é muito fácil cair no vórtex do Google e sair de lá apenas a muito custo e com umas quantas mazelas. Às vezes, acho que sou uma “serial googler”… É tão fácil e tentador entrar na “rede” e deixarmo-nos levar pelos links e hiperlinks… Começas por pesquisar uma ideia, puxas o fio à meada, e quando dás conta já tens uma dúzia de novelos nas mãos, e nem uma pista de como lá foram parar.

Dou por mim a pensar que foi uma benção não ter nascido uns anos depois de 1980: se tivesse a www ao meu dispôr quando andei na escola, em vez de bibliotecas e das estantes recheadas da casa dos meus pais, ainda estava a tentar acabar o secundário.

Em parte por defeito de formação (em História), em parte por feitio (e influência familiar: as ditas estantes, entretanto, estão a abarrotar), tenho particular apetência e gosto pela pesquisa, e é difícil não me perder a explorar o mundo de possibilidades que é a internet. E é tão seguro e confortável, não é…? Há tanta coisa à distância de um clique, tanto que podemos explorar e descobrir e aprender sem sair do nosso cantinho, que é demasiada tentação. Ainda por cima para alguém como eu, que para o caso que aqui importa, sente que está a navegar na maionese e não tem confiança no seu conhecimento.

Como disse na parte I, um dos desafios é decidir quando parar de acumular informação, e passar à acção. Chegados a um certo ponto, só se aprende mais e melhor testando, experimentando, passando da teoria à prática (que é todo um novo mundo não raras vezes). A tentativa-e-erro é um processo que conduz à aprendizagem real, concreta.

Da mesma forma que a nossa casa rapidamente descamba no caos completo se não prestarmos atenção, e se não tivermos uma atitude pró-activa no dia-a-dia, o que por si só já causa ansiedade, o mesmo acontece com a acumulação de informação. O cérebro torna-se um depósito de tralha mal arrumada, onde é impossível encontrar o que precisamos, perdido que está no meio da confusão.

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Para evitar e reduzir esta tralha mental, abafar o ruído e conseguir ter um mínimo de clareza de ideias e, consequentemente, também de acções, há que fazer um destralhamento mental semelhante ao destralhamento doméstico.

Podemos aplicar um sistema inspirado no da Marie Kondo, que recomenda olhar com olhos de ver e, inclusive, pegar com mãos de sentir, em cada objecto que temos, para percebermos se faz ou não sentido manter uma coisa ou não, se acrescenta algo de positivo ou se é apenas… tralha. A analogia com a roupa funciona especialmente bem, porque só depois de se destralhar é que podemos ver o que realmente nos faz falta. O mesmo com a informação: importa eliminar o ruído, livrarmo-nos do que não acrescenta nada de útil e positivo, para depois nos focarmos nas lacunas que temos, nos pontos que precisam de ser melhorados.

No meio do buraco negro em que a internet se consegue tornar, é ainda mais importante ser selectivo e limitar o número de fontes que decidimos usar, e também decidir parar de procurar novas fontes (ou vá… fazê-lo com alguma contenção). Não é fácil: há sempre mais alguma coisa, mais alguém que está a criar conteúdo válido e útil de forma interessante. Mas da mesma forma que nunca vamos ver todos os filmes, ler todos os livros, conhecer todos os fotógrafos e pinturas e obras de arte (e da Natureza), também nunca vamos explorar toda a internet. E ainda bem, porque também não estamos aqui para consumir o que os outros fazem, mas para apreciá-lo, claro, e para nós próprios criarmos. Não podemos ser apenas espectadores.

O segredo será então encontrar aquelas pessoas que têm autoridade em cada área que nos interessa, e que falam num tom com que nos identificamos duma forma que funciona a nosso favor. Não existe uma fórmula para o fazer, e temos que usar um misto de intuição e espírito crítico e, claro, experimentar. Há blogs e websites que parecem prometer muito, mas depois chegamos à conclusão que não é bem aquilo que precisamos.

Um dos destralhamentos que fiz mais recentemente, foi cancelar a subscrição de sei lá quantas newsletters, acumuladas não sei bem em nome de quê em momentos de maior desorientação, e de que já nem me lembrava, se não pelo aborrecimento que era ver a minha caixa de correio entupida. Perdi a conta também aos emails que apaguei, diga-se.

Assim sendo, para controlar o melhor possível a minha compulsão googladora (googlante…? Hmmpf…), defini alguns autores/blogs/websites que escolhi unilateralmente como mentores para me orientarem na criação e no desenvolvimento do meu negócio criativo. Uns são mais direccionados para umas áreas, outros para outras, mas como não posso fazer tudo ao mesmo tempo – e acreditem que tentei – vou por partes.

Por agora, partilho as que mais consulto de momento, tendo em conta as minhas prioridades:

a) desenvolver uma linha de produtos específica (que está em andamento, mais precisamente na fase de provas de impressão! Palmadinha nas costas a mim!);

b) desenvolver a identidade de marca, que vai servir de base para a criação da embalagem, do website, da comunicação online, etc.

Estas são as minhas escolhas actuais mas a lista não é exaustiva (afinal o título deste texto diz “editar, editar, editar”, e esta é uma das palavras de ordem), e é dinâmica. Da mesma forma que alguém que escreve ou pinta tem dificuldade em identificar todas as fontes de inspiração que influenciaram o seu trabalho, também eu não vou ser capaz de o fazer. O resultado há-de ser um misto de tudo o que já se cruzou no meu caminho de alguma forma e que, espero, eu apliquei de forma a criar algo meu. O que não quer dizer que não preste a devida homenagem a quem de direito. Faço questão de o fazer: é apenas justo, e é também um prazer. Tivesse eu o mesmo gosto e facilidade em falar bem de mim, e… e bem, acho que a coisa era capaz de ser mais simples e provavelmente este blog não existia. Adiante!

Partilho-as também como sugestões. Pontos de partida ou fontes de inspiração para darem mais um passo nos vossos projectos, dependendo da fase em que estão, ou daquilo em que se estão a focar actualmente. Não quer dizer que sejam as mais indicadas, nem para vocês nem para mim, porque cada pessoa tem a sua própria forma de funcionar, e tudo isto é um processo de tentativa e erro, de perceber o que resulta ou não para cada um, dependendo do “lugar” onde se encontram e do que querem (e também de onde as vossas pesquisas vos levam).

A grande maioria destas páginas, se não todas, tem recursos gratuitos, para além dos serviços que prestam como fonte de rendimento, claro. Afinal, tratam-se de projectos com pessoas dentro, pessoas que não aterraram de repente no mundo virtual, e que trabalharam durante muito tempo para chegarem a um ponto em que podem (e querem) partilhar o conhecimento que foram adquirindo, e que continuam a desenvolver. Recomendo que subscrevam as newsletters (que podem cancelar a qualquer momento): normalmente vêm acompanhadas de um freebie útil, e/ou dão acesso a recursos adicionais que de outra forma não estariam disponíveis. Não se pode pedir mais a quem trabalhou muito para construir o seu projecto, e decide oferecer parte do seu trabalho para benefício da comunidade.

Além dos recursos em inglês, partilho também alguns em português, que são refrescantes e inspiradores, além de prestarem serviços à medida do que quero fazer.  Se eu pudesse, esta era uma lista-base de fornecedores e parceiros que iria sem dúvida consultar para desenvolver (e definir) a minha visão da melhor forma possível logo à partida. O único desafio seria mesmo decidir qual escolher. Um dia, espero conto poder fazê-lo. Por enquanto tenho mesmo que ir “full DIY mode”. De qualquer forma, apesar de algumas restrições e de ter que ser muito conscienciosa nos investimentos que faço, não só de tempo mas também de dinheiro, a formação e a aprendizagem são um item onde mais do que se justifica abrir os cordões à bolsa. Um daqueles que está na minha lista de desejos, e que aguarda apenas confirmação de data para avançar com a inscrição (e marcação na minha agenda-bala), é um dos workshops organizados pela Lance Collective, mas já lá vamos.

Páginas em inglês

Podcast Create & Thrive, da Jess van Den

Para além do conteúdo prático, gosto de ouvir o podcast quando me estou a sentir meio perdida, ou simplesmente a precisar de alguma inspiração ou “pep talk”. O tom que a Jess usa é sereno e positivo, cheio de informação útil e de bons “recordatórios”. Alguns episódios são com outras empreendedoras, outros são apenas com a Jess, mas vale a pena ouvir todos. Aprende-se sempre bastante, além de nos fazer sentir menos sozinhos e perdidos neste mundo meio assustador.

Aeolidia, da Arianne Foulks

Descobri a Aeolidia através de um episódio do podcast Create & Thrive com a Arianne Foulks. A Aeolidia foca-se na criação de websites e lojas no Shopify, e a sua equipa multidisciplinar e quase exclusivamente feminina (com webdesigners, copywriters, fotógrafos, etc.) está especialmente vocacionada para negócios criativos, e trata de tudo o que uma marca procura e também do que não sabe que precisa. Podemos encontrar na página da Aeolidia dicas, guias, casos de estudo, entrevistas, e vários recursos úteis para nos orientarmos em tudo. E podemos também ter acesso ao grupo que a Arianne criou no facebook, uma comunidade de empreendedoras em várias fases do seu projecto, que aqui encontram um espaço onde colocar dúvidas, obter apoio e partilhar inspiração.

Wonderlass / Allison Marshall

A Allison é um furacão de energia e alegria contagiantes, e é também uma fonte de inspiração generosa, tudo com um toque de cor e diversāo que nos faz duvidar se ela existe mesmo. Mas a dúvida dura pouco. Desde os conteúdos do website e blog, à newsletter, até à forma como comunica no grupo que criou no facebook, imagens e palavras têm um fio condutor, que nos liga a uma pessoa que  transpira autenticidade e com quem dá vontade de comunicar como se fosse a “next door neighbour”. Além dos materiais que cria e disponibiliza livremente, sob a forma de ebooks, worksheets ou blogposts, a Allison não se coíbe de partilhar as dúvidas, os desafios e as dificuldades que fazem parte também do seu percurso e dia-a-dia, o que inspira confiança e cria uma relação de proximidade. À parte a falta de filtro, o sentido de humor, e a gulodice, não podíamos parecer mais diferentes: tudo é rosa-choque e unicórnios e purpurinas, tons saturados, voz alta e extroversão aparente. Mas é refrescante poder contar com a sua presença online. Pode não ser a “cup of coffee” de toda a gente, mas a ideia também não é essa, e o contraste pode ser muito construtivo. E já disse refrescante?

Little Coffee Fox / Shelby Abrahamsen

Descobri a Shelby graças ao sistema do Bullet Journal, que por sua vez me levou a descobrir o lettering e a caligrafia (só “problemas” portanto). Além de conteúdos relacionados com isto, a Shelby também aborda outros temas mais ligados a empreendedorismo, negócios criativos online e blogging, sobretudo do ponto de vista da organização, produtividade e gestão do tempo. Gosto de ler a Shelby pelo conteúdo e também pelo tom, e porque às vezes faz falta uma pausa nas listas de afazeres práticas, para parar, respirar fundo, e pôr as ideias no lugar.

Me&Orla / Sara Tasker

É das adições mais recentes. Adoro a estética da página e das fotografias, e também o tom intimista e pessoal dos textos, mas além deste lado mais de inspiração, a Sara também partilha dicas úteis sobre fotografia para as redes sociais, sobretudo para o instagram. Ah! E há o podcast claro. Ainda tenho muito por descobrir por estas bandas, mas quando entro na página da Sara, sou invadida por um entusiasmo sereno, um misto de calma e de vontade de passear pelo blog, ao mesmo tempo que penso que esta estética está bastante próxima daquilo com que me identifico, e do tipo de experiência que quero proporcionar a quem vier a visitar a página para o meu projecto mais “a sério”.

Em português

We Blog You / Raquel & Fred

O WBY é daqueles espaços luminosos e acolhedores onde apetece estar. Com casa no Porto, a Raquel e o Fred conseguiram criar um espaço digital que parece ser a sua cara, e transmite tudo o que qualquer pessoa deseja para o seu próprio projecto, e aqui são a sua melhor publicidade. Parecem ter descoberto a fórmula secreta para reunir profissionalismo com um toque pessoal e íntimo que inspira confiança. Se procuram ajuda de quem sabe para dar vida à vossa ideia, este é um dos locais a visitar. Apesar de nunca ter trabalhado com eles (quem sabe, “um dia”?), apetece-me e sinto-me confortável em recomendar o WYB. Enquanto decidem e não decidem, podem passear pelo blog e descobrir algumas dicas úteis sobre fotografia, SEO ou blogging, por exemplo.

Lance Collective/ Filipa Simões de Freitas & Cia.

Lance Collective é poiso obrigatório para quem anda nestas lides do empreendedorismo criativo com presença online. Como está em Lisboa, está também no topo da minha wishlist, por enquanto apenas por causa da sua Academia. Organizam uma série de workshops, daqueles que prometem ensinar a pescar a quem se quer lançar ao mar por sua conta e risco. De momento, estou em contagem decrescente e à espera de data para realizar o Online Starter, algures em Setembro, e acredito que vai ser uma ajuda fundamental para navegar na maionese com mais sentido. Parece também que se estão a preparar para criar uma série de lições online, o que promete ser mais uma fonte valiosa de aprendizagem. É mais um espaço que merece visita caso queiram ajuda de quem sabe. E claro, mais uma vez, têm um blog que é, por si só, um mundo a descobrir. No Tribe Land encontram inspiração e conteúdos úteis escritos por várias “mãos” especialmente criativas. Ainda tenho muito por dedilhar e ler por aqui…

Eu Organizado / Ana Carolina

O projecto da Ana chega do outro lado do oceano, e é escrito em português com sotaque. É daquelas descobertas fortuitas, ou nem tanto assim, porque encontrei a Ana e a sua organização descomplicada através do grupo do facebook da Allison Marshall, o Creative Superheroes. A sua “casa” é luminosa, espaçosa e acolhedora, e é o sítio onde encontram colo, ombro e dicas valiosas para não perderem a cabeça quando se sentem a perder o Norte. Para alguém que parece ter “procrastinação” como nome do meio, o Eu Organizado é uma espécie de porto de abrigo, onde podem recarregar baterias e colocar a cabeça no lugar (ou mantê-la), para finalmente avançarem com os vossos projectos e darem forma às vossas intenções. Para além dos serviços profissionais que presta, podem passear pelo blog para levarem um “chega para lá” cheio de carinho, e ganharem acesso ao seu ebook com dicas para se organizarem e simplificarem a vossa vida em todas as dimensões e mais alguma.

Anita no Trabalho / Billy & Eli

And last but not least… Para mim, já é um ritual que cumpro religiosamente, quinta-feira sim, quinta-feira não. Se não puder no próprio dia, fica para quando posso, mas faço questão de ouvir o podcast da Billy e da Eli. Através de uma ponte virtual entre Lisboa e o Porto, e por vezes na companhia de convidadas igualmente inspiradoras, as conversas desenrolam-se num ambiente caloroso, e num tom sereno e descontraído que parece que se cria uma ponte com quem está deste lado a ouvir. Já não é a primeira vez que falo na Anita, e não há-de ser a última, por isso o melhor que têm a fazer é mesmo espreitarem e ouvirem o podcast. Combinado? Combinado. Como chamariz, posso dizer que “procrastinação” é um termo recorrente, se este é o vosso tipo de cena, claro. 😉

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Como já poderão ter percebido, os “mentores” que reúni e reúno não foram nem vão parar à minha lista apenas e só porque dominam uma competência prática em especial, porque sabem muito de SEO ou fotografia ou copywriting ou o que for. No que a esta “viagem” dos negócios criativos por conta própria diz respeito, em que se é a “mulher-dos-sete-ofícios” pelo menos inicialmente, não existe essa coisa de compartimentar as várias áreas das nossas vidas. Tudo diz respeito a tudo, e enquanto não se consegue traçar alguns limites entre as várias áreas, há que arranjar forma de manter alguma sanidade mental e encontrar maneiras de lidar com o assoberbamento e a sensação de não se ter tempo para nada, e de ter o prato a transbordar. Há que aprender como criar um website, ou produzir conteúdos para o blog, ou tirar fotos para o instagram, mas também há que manter presente a necessidade de parar de vez em quando, respirar fundo, cuidarmos de nós próprios, e recordarmo-nos que cada pessoa faz o seu próprio caminho e é apenas natural não ter todas as respostas, ter dúvidas, cometer erros, e dar alguns tombos. Já que se está na horizontal, aproveita-se para descansar e reflectir, e depois… upa!

Já agora… têm algum mentor real ou virtual a quem recorram? E alguém quer fazer-me companhia no tal workshop do Lance Collective? Hmmm…?

PS: Na terceira e última parte desta série sobre aprendizagem, é suposto tentar responder ao desafio que tracei na primeira parte: perceber quando parar de aprender e passar a fazer. Acho que a melhor resposta, e provavelmente a única que consigo dar de momento, é fazer mesmo. Com defeitos e erros, proponho-me partilhar o processo e o progresso em alguns itens na minha lista de prioridades, por isso… “me aguardem”! É que… gostava muito de contar com o vosso olho clínico e as vossas críticas construtivas para me ajudarem a perceber se vou no bom caminho. Afinal, todos podemos ser aprendizes e mentores! Até lá, criem! Pela vossa saúde!

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